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7 mitos sobre prazer feminino

A sexualidade feminina foi ignorada por anos, fazendo com que as mulheres não tivessem autonomia do seu prazer e do seu corpo e desempenhassem um papel passivo no sexo. A falta de informação não só prejudicou o prazer das mulheres, mas também fez com que se criassem muitos tabus sobre o assunto. Vem com a gente desvendar os mitos do prazer feminino! 🔍

1. Mulher não goza

Esse grande mito sobre prazer feminino está fundado na ideia de que para gozar ou ter orgasmos é preciso, necessariamente, ejacular. Mulheres cisgênero gozam ao terem orgasmos, picos de prazer que causam contrações musculares involuntárias, e nem sempre ejaculam — como acontece 100% das vezes em pessoas com pênis.

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Mulheres com vulvas gozam sem, necessariamente, ejacular.

A ejaculação feminina, também conhecida como squirting, pode acontecer, mas ela não se parece nada com os jatos intensos simulados na pornografia. Por isso, não faça da ejaculação um objetivo para suas relações sexuais. Você não precisa provar nada para ninguém, nem para você mesma. Priorize sempre o seu prazer!

2. O hímen se rompe depois da primeira transa

Você já ouviu falar que mulheres têm o hímen rompido ao iniciar sua vida sexual? Esse mito cruel alimenta a ideia de que a presença do hímen comprova a “virgindade”, mas isso não é verdade. Ao contrário do que imaginam, ele é uma membrana elástica que recobre parcialmente o canal vaginal e que pode, ou não, ter alterações no formato, dependendo da resistência e da elasticidade do tecido.

Ou seja, a resistência do hímen pode variar, e muito. Alguns são mais flexíveis e chegam a permanecer intactos mesmo após um parto normal. Já outros são mais delicados e podem se modificar com pequenas ações corriqueiras, como atividades físicas ou quedas.

Vale dizer que, infelizmente, muitos países ainda fazem testes de virgindade em mulheres jovens, mesmo a prática sendo considerada uma violação dos direitos humanos pela Organização Mundial da Saúde. É por essa e outras que é tão importante falar sobre sexualidade feminina!

3. Mulher sente menos vontade de transar

Um dos maiores mitos sobre prazer feminino é que mulheres sentem menos vontade de transar ou gostam menos de sexo. Desde cedo, as meninas são ensinadas a serem desejáveis para o outro – estar sempre bonita, magra, boazinha e disponível. Mas onde fica o próprio desejo?

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Mulheres gostam de sexo em que o seu prazer também é considerado.

Por aprender que sexo é errado e proibido e desconhecer o próprio corpo e seus desejos, muitas mulheres acreditam que prazer não é para elas. Como o seu prazer não é levado em conta na hora do sexo, transar se torna uma atividade chata e que não traz recompensa, e faz a libido despencar. Ou seja, mulheres não gostam menos de sexo, e sim do sexo em que seu prazer não é considerado.

4. Apenas mulheres maduras gozam com penetração

Já se acreditou que mulheres que não tinham orgasmos com penetração eram imaturas. Freud, por exemplo, achava que mulheres jovens se excitavam com estímulos do clitóris e que deveriam, com o amadurecimento, chegar ao orgasmo vaginal. Isso fez com que o clitóris perdesse importância e que a masturbação fosse condenada — e sentimos as consequências disso até hoje.

Hoje, sabemos que menos de 25% das mulheres têm orgasmos com penetração. Isso porque o canal vaginal possui poucas terminações nervosas se comparado ao clitóris. Então, nada de se sentir culpada ou pensar que há algo errado com você por não gozar durante a penetração. Se você tem uma vulva, estimule o clitóris, o grande protagonista do prazer feminino!

5. É possível viciar em vibradores

Com vibradores cada vez mais anatômicos, potentes e eficazes, que levam ao orgasmo em minutos, é claro que o mito de vício em vibradores iria surgir. Os sugadores de clitóris, por exemplo, são quase sinônimo de orgasmo para quem tem vulva, mas não existe nenhum fundamento sobre a possibilidade de viciar no prazer que o sex toy proporciona.

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O vício em vibradores é um grande mito do prazer feminino.

Os vibradores, dildos e plugs anais são grandes aliados do prazer feminino e podem ser usados durante a masturbação solo ou no sexo a dois (ou mais). O ideal é mesclar estímulos com brinquedos e estímulos somente com os dedos, já que o uso intenso de vibradores pode diminuir a sensibilidade e dificultar o prazer sem eles.

6. Mulher só precisa agradar seu parceiro na cama

Uma coisa é certa: mulheres são ensinadas a agradar e na cama isso não seria diferente. Além de lidar com a pressão estética que vai desde a preocupação com o corpo até a vergonha do cheiro e formato da vulva, acreditamos que precisamos dar prazer a todo custo — sem ao menos considerar os próprios desejos e vontades.

Encontramos por aí inúmeros conteúdos sobre como fazer o oral perfeito ou como fazer a rebolada mais incrível do mundo, mas e as técnicas para o nosso prazer? Fingir orgasmos para não ferir a autoestima do parceiro ou para não parecer “ruim de cama”, por exemplo, mostra que estamos mais preocupadas em agradar o outro do que com nosso prazer. Hora de repensar, né?

7. Mulheres lésbicas e bissexuais não usam vibradores

Se uma mulher namora outra mulher, por que usa vibrador?”. Infelizmente, muitas mulheres lésbicas e bissexuais ainda são questionadas por usarem sex toys. É importante desmistificar que gostar da prática da penetração nada tem a ver com “falta de pênis”, afinal, são vários recursos que podem ser usados para esse fim — dedos, próteses e toys. 

Vem entender melhor sobre esse mito do prazer feminino no vídeo no canal da Marcela Mc Gowan, ginecologista, especialista em sexualidade e CEO da Magix. 👇

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