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[CONTO] Brindemos?

Théo era um homem mais novo a qual nunca dei muita atenção. Educado, solícito e preocupado no trabalho, sempre foi para mim muito claro o interesse daquele rapaz por mim.

Eu, no entanto, sempre achei que era fogo de palha. O que aquele homem de dez anos a menos poderia querer de uma mulher de trinta e cinco, mãe de uma filha e cheia de questões? Não sabia, mas o fato era que ele me olhava, sempre demoradamente, atrás de uma oportunidade.

E essa veio, eu gostasse ou não. Quando uma conta importante chegou à empresa e isso exigiu uma viagem a Belo Horizonte, o nosso chefe deixou claro que precisava de sua publicitária mais experiente para ajustar os mínimos detalhes e também de alguém que tivesse chegado a pouco.

Claro que isso resultou em Théo e eu num hotel naquela cidade e, consequentemente, após aquela conta fechada, uns drinques no bar daquele lugar tão aconchegante.

– Você como sempre impressionante nos negócios, Pérola – Ele elogiou, levando à sua boca uma dose de uísque com água de coco. Eu me limitava ao meu gin e observava pela primeira vez realmente aquele rapaz depois de tanto tempo. Barba bem feita, lábios carnudos, nariz reto, e um bigode bonito e um pouco enrolado nas pontas. Cabelos bem arrumados, cortados baixos e um par de olhos verdes capaz de nos manter interessados na progressão da conversa. 

– Dessa vez foi um mérito nosso. Brindemos – Convidei. Afinal, foi realmente uma boa ideia ter Théo aqui. Ele conseguiu me dar o apoio necessário quando percebi estar em uma mesa só de sócios, sem qualquer presença feminina.

– Brindemos… A essa noite – Ele falou, e com um sorrisinho, levou seu copo aqueles lábios que eu já havia reparado serem bonitos. Não ajudava para mim o álcool ou o fato de não ficar há tempos com homens que não me satisfaziam.

Aliás, sequer houveram muitos homens nos últimos dois anos dedicados a minha filha pequena e a carreira. Com um pouco de bebida e um charme, Théo parecia um candidato atraente para me tirar da zona de conforto. 

– A essa noite – Concordei e batemos os nossos copos antes de tomarmos os respectivos líquidos dos recipientes. Mesmo após a minha inclinação ao brinde, Théo continuava me olhando.

– O que foi? – Eu questionei, buscando em seus olhos alguma resposta. 

– Seus olhos são lindos, você toda aliás, com todo respeito – Ele foi sincero. Théo já havia feito outros afagos a minha aparência, mas nenhum tinha sido tão direto e acompanhado de um olhar tão demorado em seguida.

– Bonita para uma mulher da minha idade? – Questionei. Era uma coisa que vez ou outra eu ouvia. “Você está muito bem para sua idade” não é exatamente um elogio, afinal. Complementei para saber se era interesse de fato.

– Não. Linda para uma mulher a qual eu desejei poder me aproximar desde o dia que entrei naquela agência – Confessou, tomando um pouco mais de sua bebida. Aparentemente não era só a mim que o álcool dava coragem.

– Nós somos próximos – Me fiz de desentendida vendo as duas esmeraldas de seu rosto descer para minha boca e depois para meu olhar novamente.

– Gostaria de ser próximo o suficiente para sentir o cheiro do seu perfume – Já estávamos perto, mas percebi no rapaz uma forma sutil de se aproximar. Era respeitoso como ele era e como eu queria, não ia negar.

– É de amêndoas – Falei, tirando uma parte do cabelo do lado do pescoço, chamando com um simples gesto e um olhar que ele captou imediatamente. A mão de Théo logo repousou na minha cintura, ameaçando me tirar o ar que foi totalmente levado quando seu nariz fino tocou meu pescoço aspirando a pele.

Fiquei arrepiada com aquele toque. O deleite de tê-lo correndo por ali, a certa dose de loucura por saber que ele era mais novo, por ser meu colega de trabalho… Tudo isso deixava o errado mais gostoso.

– É delicioso – Sussurrou, subindo por trás da minha orelha, me provocando um arrepio insistente que me fez fechar os olhos – Como você é – Completou e com audácia me deu uma mordidinha no lóbulo da orelha, se afastando só para me deixar atônita.

Minha respiração ficou irregular e olhei-o com a mais perfeita cara de tonta. Com certa raiva quando detectei a presunção também crescer em seu sorriso.

– Você é perigoso, menino –  Falei tomando mais do meu copo. Ele sorriu voltando seu olhar para mim. Ele sabia que se eu ofegasse ele tinha uma admissão. E eu estava em estado de falta de fôlego.

– Você poderia querer saber o quanto – Ele disse sem ser pretensioso. Era cortês de sua parte aguardar minhas decisões e eu mostraria que sabia tomar aquilo para mim em outro ambiente.

– E quem disse que não quero? – Foi o gatilho final. Em questão de minutos estávamos nos agarrando dentro do meu quarto de hotel. Sua mão passeando por todo meu corpo, apertando a pele e sua boca carnuda me beijando em todas as partes.

– Sua boca – Ele falou e, sem mais anúncios, tomou-a chegando a minha cama. Quando Théo tocou meus lábios eu já estava deitada. Sua boca envolveu a minha numa carícia que ao tempo que era suave despejava em mim todo seu fogo quase juvenil. Era como voltar dez anos no tempo, era revigorante, era como se eu pudesse fazer tudo rápido de novo, pela carne, pelo meu próprio prazer.

Devolvi seu beijo com igual entusiasmo, mordendo sua boca vermelha, sugando o lábio inferior e bagunçando seus cabelos conforme ele abria minhas pernas sem a pressa de tirar minha roupa. 

Théo apenas se colocou entre as minhas pernas e nesse movimento percebi como seu pau encontrava-se duro. Ele me olhou um pouco vermelho, mas sem muito alarde, desci os quadris e encaixei-me com o rapaz. Minha parte íntima em direto contato com a dele. 

Aos beijos fomos nos atritando, buscando aquele contato safado que estava tirando o nosso juízo de pouco em pouco. Já me encontrava louca para sentar naquele homem, mas minha surpresa veio assim que ele interrompeu aquela esfregação para descer os beijos. Ele me olhou com aquela carinha de anjo travesso e parando nossos beijos, chupou meu queixo e garganta.

– Me fala como você gosta de gozar – Pediu com sinceridade e meu primeiro pensamento foi olhar para o lado, a gaveta. Não verbalizei nada e não precisei, ele se levantou e encontrou ali um vibrador meu. Nada incomum, apenas algo usado para o meu prazer individual.

Pensei que ele ficaria intimidado, mas ele apenas pegou na mão analisando o formato e percebendo que era de inserir. Théo parecia muito interessado. Tanto que quando voltou a me beijar estava ainda mais foguento o rapaz. Me beijava, me apertava e descia ainda mais os beijos, parando por um momento nos meus seios ainda cobertos.

Fui eu quem ergui o tronco e ajudei-o a tirar a minha blusa, dando a Théo a liberdade para explorar aquela parte. Os mamilos durinhos que ele levou aos lábios, a sucção às vezes tão afoita que precisava ser devidamente guiada, o prazer em dar prazer a mulher com quem ele se encontrava.

Eu estava indo ao delírio com aquela atenção e chupada, mas no melhor da coisa o menino desceu novamente, dessa vez para tirar minha calça. Naquele momento percebi que estava ficando nua e aquele lá estava ainda vestido, mas não me importei muito.

Estava gostoso e eu estava bem à vontade com seus beijos descendo a cada parte descoberta e subindo a cada centímetro que percorria até chegar na minha boceta.

Outra vez ele abriu minhas pernas e dessa vez colocou por cima dos ombros, seu corpo fora da cama e um travesseiro abaixo dos meus quadris. Era confortável e parecia ser bem certeiro para gozar. 

Poderia nem precisar de mais nada, mas o rapaz parecia querer me levar ao limite. Fechando os lábios no entorno do meu clitóris e iniciando aquelas sugadinhas lentas acompanhadas de beijos molhadinhos, ele ainda aproximou da minha entrada o vibrador com o qual ficou estimulando sem a intenção real de me penetrar.

O prazer que Théo encontrava era fazer minha boceta ficar toda molhada, pedindo pelo vibrador dentro, até tendo espasmos em volta, só para terminar me dando apenas aquele oral divino. Era tão bom que era doloroso, portanto, eu queria matá-lo e ainda sim, sentar nele.

Estava tão sedenta, por sinal, que cai fácil em suas provocações. Gozei com uma vontade absurda, as pernas ficando bambas e aquele rapaz chupando até o último sinal do orgasmo abandonar meu corpo e só ficar a sensibilidade.

Sorri satisfeita e logo puxei-o para mim, lambendo meu próprio gosto como queria do pau dele. Deixei isso bem explícito ao me sentar na beirada da cama e atacar suas calças enquanto ele tirava a camisa exibindo seu corpo. 

Théo era magro, mas não chegava a ser musculoso de academia. Tinha alguns pelos pelo peitoral, mas nada exagerado, chegando a ficar devidamente aparado até descer. Em volta do seu pênis não havia sequer sinal.

Nada chamava mais atenção ali, inclusive. A grande atração certamente era o seu pau duro que logo tomei na mão para começar a masturbar. Ele mordeu o lábio e se entregou respirando fundo naquele momento.

Eu subia e levantava, envolvendo-o firme em meu pulso, olhando nos seus olhos e lambendo os lábios que, logo em seguida, chegaram em seus testículos. Beijei os dois e coloquei na boca, sugando ali só para perceber como as veias se acentuavam ainda mais naquele pau.

Dei tudo de mim ao estimular aquela parte, descendo minha língua pelo períneo sem que ouvisse qualquer coisa diferente de um gemido e um pedido por mais. Eu gostei de ouvir sua voz alterada de luxúria.

– Que boca deliciosa você tem – Ele falou e só pelo elogio subi, meus beijos chegando ao falo novamente. Envolvi a cabecinha e chupei no meu tempo, aproveitando todo contorno e o líquido que ela expelia. Engoli-o como prenúncio do que poderia fazer em outra ocasião, mas não ainda naquele momento.

Tanto que quando senti o rapaz quase vir na minha boca eu diminuí o ritmo de subida e descida no seu pau, retornando aos beijos e ao carinho no períneo que o deixava alucinado.

– Porra – Ele gemeu quando o tirei dos lábios e o pacientemente levantei, deixando-o atônito quando toda nua fui pegar a camisinha. Entreguei na mão dele que entendeu o recado assim que me deitei de quatro na cama.

Ele teria uma visão privilegiada. Assim, empinei a bunda e recebi-o todo assim que começou a me penetrar, de início só lentamente. Outra vez parecia uma tortura, mas uma que só ficou melhor quando ele envolveu meu cabelo com uma mão e com a outra segurou meu vibrador, usando-o para masturbar meu clitóris outra vez.

Eu sentia o barulho dos nossos corpos se chocando, os nossos gemidos ecoando pelo quarto, meu clitóris ficando duro e minha boceta cada vez mais quente. Era gradativa a construção do meu segundo gozo.

E inevitável também. E eu nem estava fazendo esforço para que não acontecesse. Queria gozar de novo com o pau daquele homem me comendo e com meu vibrador me satisfazendo junto.

Era muito gostoso e me levava a pensar o porque não havia feito isso bem antes. Independentemente tinha que ser ali, agora, naquele quarto onde nos encontrávamos suados e cheios de tesão, loucos para nos liberar-nos.

Ele batia na minha bunda, distribuía palavras sujas e às vezes até parecia afoito na maneira de me comer. Eu ficava totalmente molhada com sua resistência e como ao chegar muito perto ele voltava a comer bem devagar para aproveitarmos o momento.

Théo teve o cavalheirismo de me permitir gozar primeiro, mas não deu cinco segundos depois de mim. Quando sentiu minha boceta aperta-lo numa contração foi à ruína sem qualquer consolo. Encheu a camisinha e me comeu até as últimas gotas serem expurgadas de dentro dele.

Depois disso saiu devagar beijando minhas costas e pernas, depois me virando na cama, percebendo que eu estava em igual êxtase. Nesse novo gozo fiquei imediatamente exausta, mas muito satisfeita.

– Gostosa – Ele falou e outro tapa pousou na minha bunda, sendo acompanhado de um beijo cheio de paixão. 

Durante aqueles dias de viagem ainda transei com aquele rapaz várias vezes. No elevador, no estacionamento e até mesmo no banheiro e de volta a São Paulo, nosso fogo sequer diminuiu. Em definitivo, a melhor decisão que tomei foi ter proposto aquele brinde…

Conto erótico by Letícia Araújo (@Leteratura__)

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