O que vem à sua mente quando você pensa sobre brochar? Em uma cultura em que a masculinidade não pode ser vulnerável, brochar se torna uma piada, um insulto, uma fraqueza. Mas não deveria ser assim! Brochar faz parte de uma sexualidade plena e é completamente normal.
E ah, sabia que pessoas com vulvas também brocham? Todo mundo passa por isso alguma hora, seja por fatores físicos ou psicológicos. É sobre isso que vamos conversar hoje: o que significa brochar e o que fazer quando isso acontecer! 🔍
Brochada: precisa ser um constrangimento?
A resposta é não. Deixar de ter uma ereção não é o fim do mundo, nem precisa significar o fim do sexo. Ainda que seja difícil encarar a situação, a melhor forma de lidar com ela é respirar fundo e agir com naturalidade.
Quando o episódio é pontual, pode estar relacionado ao nervosismo, medo, cansaço, estresse e até à ingestão de bebidas; já quando as brochadas se tornam recorrentes, as causas podem estar ligadas a fatores mais profundos como uso de remédios, problemas hormonais, ansiedade e depressão.
Seja qual for o caso, converse com sua parceria e não se desespere. Sentir vergonha e insegurança nesses momentos é comum. Acolha o que estiver sentindo, mas lembre-se que isso é natural e não precisa interromper o sexo. Se houver disposição, há várias alternativas para continuar oferecendo e sentindo prazer, afinal, sexo não se resuma à penetração!
Pessoas com vulvas também brocham?
Sim! Pode parecer estranho, mas o clitóris também tem ereção. Assim como o pênis, quando excitado, ele se enche de sangue, aumenta de volume e fica ereto. Logo, pessoas com vulvas também brocham!
Sentir que o corpo não está preparado para o sexo, com pouca ou nenhuma lubrificação, também pode brochar e mudar o clima do momento. A preocupação excessiva com a aparência, também!
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Por que homens não podem brochar?
No dicionário Michaelis On-line, brochar significa “perder a potência sexual, mostrar-se incapaz de praticar o ato sexual”. Isso mostra o quão errado vemos o sexo: só é sexo se tiver penetração envolvida. Além de ser uma falácia, esse pensamento é uma pressão (e uma prisão!) para o homem.
“Para os homens, a brochada é o medo dos medos e a vergonha das vergonhas.” O livro Brochadas: confissões sexuais de um jovem escritor fala sobre essa corrida para alcançar e manter a ereção a todo custo. Segundo o autor, Jacques Fux, o corpo masculino que sempre busca ser rígido não abre espaço para expressar medos e afetos. Vale uns minutinhos de reflexão…
Brochei! E agora?
Se dê um tempinho. Respire. Converse com seu par. Não é preciso se desculpar, afinal, não é culpa de ninguém! Também não se preocupe em se justificar, nem dizer que aquilo nunca aconteceu antes.
Se você deseja voltar ao sexo, a dica é tirar o foco da ereção e se concentrar nos estímulos à outra pessoa: faça carinhos, masturbe (com os dedos ou com vibradores) e invista um bom tempo no sexo oral. Assim, você dá prazer enquanto seu corpo relaxa e se recupera.
Meu namorado brochou. O que eu faço?
A melhor maneira de lidar com a situação é com compreensão, sem perguntas e nem piadas. Sinta o clima e apoie seu par. Na maioria das vezes, estar perto, em silêncio e sem sentir ou expressar dó, já ajuda a amenizar a vergonha e a insegurança. E ah, nada de masturbá-lo para estimular a ereção. Dê um tempo para ele e fique à disposição.
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Quando o brochar se torna um problema?
Brochar constantemente pode indicar disfunção erétil, sobretudo se acompanhado de falta de libido, estresse, ansiedade, baixa autoestima e ejaculação precoce ou retardada. Nesse caso, o melhor a se fazer é procurar um médico para receber orientações e a indicação do tratamento adequado.
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