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[CONTO] Encontro com o desconhecido

Era um sábado super entediante. Não tinha nada na agenda, estava deitada há horas e
nenhum amigo parecia disponível. Sem muitas opções, resolvi apelar para uma distração
inesperada: um certo aplicativo de relacionamento.

Tudo bem, sei que a maioria das pessoas tem uma ideia ruim dessa rede, mas
convenhamos que é agradável para passar o tempo e olhar um ou outro cara gostoso, com
o qual não se pretende ter um envolvimento profundo.

Foi dentro dessa perspectiva que cheguei ao Dário. Branco, alto, cabelos negros e olhos cor
de mel. Biólogo, nadador nas horas vagas e uma visão deliciosa só de sunga. E o melhor…
menos de um quilômetro de mim.

Curti o seu perfil meio despretensiosa, afinal, essas combinações costumam não ter uma
resposta imediata. Porém, para minha surpresa recebi a notificação do interesse em comum. Fiquei instigada.

Com isso, e desafiando a velocidade desse contato, enviei-lhe uma mensagem respondida
quase instantaneamente. Daí em diante veio uma conversa agradável, com alguns dos
básicos clichês, mas que me convenceu a chamar o rapaz para uma bebida.

Julguem-me o quanto quiserem, mas estando bem segura de fazer isso num lugar público e, bem resoluta de que eu poderia transar a depender da manutenção da boa conversa, eu
acabei por chamá-lo sem nenhum impedimento moral descabido.

Me arrumei colocando um perfume suave, um vestido preto curto e um batom rubro nos
lábios, realçando o grosso e preenchido que eu tinha ao natural. Além disso, coloquei uma
sandália de salto e sai de casa, totalmente na intenção de não voltar para dormir.

Aliás, a roupa de baixo evidenciava que, definitivamente, eu estava preparada para uma
noite quente: uma lingerie lavanda chamada Rana, especialmente dedicada aquele
possível momento, uma vez que ela me deixava confortável e linda.

Dessa forma, quando cheguei confiante ao barzinho, atrasada por pura curiosidade, o
identifiquei desde a porta. Com uma camisa branca colada nos músculos e uma calça preta,
Dário parecia muito mais alto do que nas fotos, o que o levaria a ter que se inclinar um
pouco se algo rolasse de fato.

— Ágata — Ele confirmou, se levantando assim que me aproximei. A diferença de altura é
ainda mais evidente de perto.

— Dário — Respondi, aceitando o seu cumprimento. Aquela mão estendida que vira um
abraço com certa pegada. Senti a sua assim que o seu perfume provocou meu nariz, me
mostrando que além de bonito, ele era cheiroso.

Conversamos ainda naquele bar e ele me mostrou que, sobretudo, era bem inteligente e
carismático, não deixando em momento algum que aquela conversa ficasse estranha por
sermos quase desconhecidos.

Dário era daqueles cariocas cheios de falas e gracinhas, sempre com uma resposta bem
pensada e com um humor atraente que poderia mesmo levar você para cama, muito embora ele não estivesse explicitamente te convidando a isso. Por essa razão resolvi intervir.

— Então você trabalha estudando várias espécies? — Questionei, e ele assentiu tomando
um gole de sua cerveja cara com um sorriso. Ele parecia gostar muito do que fazia e isso o
deixava mais magnético.

— Especialmente marinhas — Especificou, mas não sendo aqueles caras que explicam tudo para você, até a parte que se entende do assunto.

— E da minha espécie? — Brinquei, acariciando o pedaço de limão que enfeitava meu copo. Seu olhar cor de mel me olhou de cima para baixo: das unhas feitas, o salto de tiras, as pernas bronzeadas e, por fim, em todo vestido preto colado em meu corpo.

— Você quer que eu te explique ou te mostre? — E não esperou resposta. Chegando perto
do meu ouvido de maneira calma, deu um sorrisinho safado que arrepiou toda minha pele — Quer sair daqui? — Questionou, e eu respondi que sim, dando a minha mão para ele, que pediu a conta de maneira rápida.

Quando atingimos o quarto do motel eu já fui pulando no colo daquele homem delicioso. Ele
me segurou pelas coxas, me elevou a sua altura e beijou meus lábios com habilidade. Sua
língua libidinosa entrou em minha boca e, sem nenhuma vergonha, se debruçou sobre ela.
Rodeou a minha, me envolveu em seu enleio e só me libertou quando tínhamos chegado na
cama.

Dário veio por cima de mim e desde já iniciamos aquelas preliminares irresistíveis. Suas
mãos enormes descendo das minhas coxas para a bunda, meus dedos circulando seus
braços e nossas línguas duelando nas bocas grudadas.

Eu levava meus quadris, buscava o contato mútuo e, no meio do beijo, sentia sua ereção no
meio das minhas pernas. Fazia questão de que ela despertasse em meu centro, esfregando
minha intimidade na sua e prenunciando meu desejo de ter ele dentro.

Seu corpo tocava o meu e o tecido da peça íntima o aplacava, entregando-me o que havia de mais intenso e quente dentro da calça daquele homem. Ia ficando molhada a cada vez que ele investia, e meus quadris pareciam ganhar vida em busca de mais.

Dário correspondia às expectativas. Além de aparentar ser bem dotado, me beijava com
aquela dose exata entre calma e safadeza, que ia me deixando com uma vontade de dar
para ele cada vez mais aguda. O filho da puta sabia acender uma mulher.

Quando ele mordeu meu lábio e puxou a boca, segurei seus cabelos. Era para mim urgente
que ele começasse a desvendar o resto do meu corpo com aquela boca tão ousada que ele
tinha. Assim, segurando os fios lisos, o conduzi até o meu pescoço.

O malandro veio até mim, segurando meu cabelo num punho e me livrando logo dele todo. — Como tá calor, achei que você gostaria de prendê-lo — Disse como explicação e, antes
que eu revirasse os olhos por sua desculpa esfarrapada, me fez fazer isso por prazer
quando chupou meu pescoço.

Seu ataque veio totalmente consciente, como se entendesse muito da espécie feminina,
procurando com sua boca, o exato canto onde havia meu pulso. Sugou ali até que ele se
acelerasse.

Não dava um passo sem antes me deixar tocar com as partes que tínhamos no meio das
pernas, criando aquela atmosfera de não poder esperar, mas ao mesmo tempo curtir os
minutos da maneira que se devem.

Depois de se divertir entre meu pescoço, Dário ainda subiu para meu ouvido, mordendo as
orelhas, lambendo atrás delas e suspirando de uma maneira sensual até me arrepiar como
fez no bar.

— Você é tão gostosa… — Elogiou, e em ato seguido, começou a descer sua boca pelo colo, só parando ao chegar nas alças do meu vestido. Com a própria boca, Dário foi baixando-o. Em primeiro ato revelou meu sutiã. A cor lavanda em contraste com a minha pele pareceu deixá-lo encantado. Por minutos percebi seu olhar fixo, cheio de desejo até finalmente começar a tirar a peça. O fez de forma calma, sentindo a maciez do tecido e depois dos meus seios.

Expôs-me ao frio do quarto sem qualquer cerimônia, segurando meus cabelos conforme
usava sua boca com maestria. Chupava um mamilo, estimulava o outro com os dedos,
mordia um e apertava o outro, com a mesma intensidade e velocidade que se exigia. Nunca
machucando.

Eu tentava ver o que ele fazia, ditar alguma regra, mas ele mantinha suas mãos em meus
fios, me deixando aos seus comandos, como se eu pudesse reclamar de qualquer ato seu.

Eu não tinha objeções. Aliás, minha única opinião contrária era que não via a hora dele
descer só mais um pouco, bem até a área onde meu vestido se encontrava emaranhado.

— Se você me provar, pode perceber o quão gostosa eu posso ser — Desafiei com uma voz safada, abrindo mais minhas pernas para ele, que pareceu atordoado com o que disse.

Tanto que ele soltou meus cabelos, me encarou com sua íris dominada pelo prazer e colocou suas duas mãos em meu vestido. Pensei que ele ia rasgá-lo pela ardência que enxerguei em seus olhos, mas ele soube fazer aquilo de uma forma muito mais sensual: desceu centímetro por centímetro, sem tirar os olhos, beijando os espaços até me achar de calcinha.

— Vem aqui até a ponta da cama — Chamou com um dedo e eu me ergui, encontrando-o
ajoelhado fora do colchão. Com as duas pernas abertas, recebi o homem no meio.
Dário, em primeiro, apenas inalou o tecido de baixo até em cima e, em ato seguido, refez o
caminho lambendo o algodão como parecia querer com a minha boceta. Ele não ficou só na
vontade no fim.

Arrastando minha calcinha para o lado, meteu a língua em minha fenda e saiu espalhando a
lubrificação por todo meu clitóris como se fosse a cereja e o seu mel. Me melou assim, trouxe a cobertura e, no final, me comeu com sua boca e língua sem qualquer pudor.

Conforme ele avançava chupando meu clitóris eu envolvia seus cabelos, clamando por
mais, trazendo seu desejo, me rendendo ao prazer com aquele semi desconhecido que
sabia bem o que fazer com a boca.

Os dedos vieram em questão de tempo. Ele os colocou no meio das minhas pernas e testou
o quão molhada eu estava. Seus dois dedos logo se esgueiraram para dentro, ação que o
incitou a começar um entra e sai que, de início, era somente moderado.

O selvagem, entretanto, não demorou para aparecer. Eu, inclusive, evoquei-o. Com meus
gemidos desmedidos, com meus elogios a sua boca e língua, chamei-o a que fizesse com
força e com jeito até que eu gozasse.

Aquele calor tão crescente me atingiu de forma copiosa num só instante. Eu estava de
pernas abertas, por cima dos ombros de Dário e com seus dedos enterrados em mim. Veio
sem sobreaviso, como uma deliciosa surpresa orquestrada pelos meus movimentos de
quadril ao encontro do seu indicador e médio.

Apertei seus tendões e, mordendo os lábios, deixei que ele chupasse meu clitóris sensível
até que o gozo abandonasse a minha pele, deixando ali um rastro de tesão e vontade de
sentar naquele homem. Ele falou que entendia da coisa e provou bem com a boca, coisa
difícil para alguns como ele.

Mostrei minha admiração o puxando pela gola da camisa, fazendo-o sentar na cama para
ser devidamente desnudado. Tirei a roupa devagar contemplando o físico de nadador: os
braços torneados, as pernas grossas e até o pau bem desenhado em sua cueca. Senti a
contração entre as minhas pernas exigir que eu fosse rápida.

Portanto, beijei seus lábios outra vez. Expressando que o queria, fui descendo pelo seu
abdômen com beijos e mordidas que pararam na sua última peça. Seu pau parecia explodir
no tecido e, por essa razão, o libertei.

De extensão larga circulei o membro na minha mão direita. Observei as veias que o
demarcavam, sua cor e até a inclinação perfeita para uma sentada que esperei para essa
noite, todavia, não fiquei só na observação. Espalhei pelos meus dedos o líquido que ele
me garantia e comecei a masturbar seu pau.

Mantendo minha mão totalmente fechada no entorno daquele formato, punhetei-o bem
devagar, escutando seus grunhidos satisfeitos e vejo como seus quadris metiam contra meu
punho fechado. Dário estava louco para socar em minha boceta e eu deixaria depois que
me aproveitasse dele.

No melhor da punheta, eu parei e ele não protestou. Depois de certo limite ele sabia que
poderia gozar, ainda mais quando comecei a chupar suas bolas conforme minhas mãos
subiam e desciam nele.

Assim, ele me ajudou a tirar a calcinha e, depois, a encaixar a camisinha no seu pau para
que pudesse me comer como o devido. Sua surpresa, porém, veio quando eu vim de
costas.

— Eu quero assim — Avisei. Suas pernas que estavam na beira da cama favoreceram
aquela entrada profunda. Seu pau atingiu bem o ponto esperado e sem receios comecei a
gemer conforme rebolava em seu pau dentro de mim.

Dário gemia em meu ouvido, segurando meus cabelos com uma mão e com a outra
tentando, e falhando, em controlar minhas reboladas em seu eixo. A verdade era que ele
não tinha muito controle, estava perdido e eu sabia que para um malandro como ele, era
desconcertante e tentador.

Ele estava terrivelmente atraído pela novidade e isso era tão claro pela maneira como
mordia meu ombro e depois ia para o meu ouvido, com aquele sorrisinho de quem
experimentava um pouquinho do céu conforme recebia minhas reboladas.

Consciente de que não poderia fazer nada além de ter aquela mulher toda em cima até
gozar, ele prendeu meu cabelo acima da cabeça e liberou minhas mãos, iniciando uma
massagem nos meus seios enquanto instalava sua cabeça em meu ombro.

— Como você senta gostoso, Ágata — Ele sussurrou apalpando meus seios, puxando os
biquinhos, sendo um filho da puta gostoso em todo aspecto daquela transa. Respondi
começando a subir e descer, deixando o barulho dos corpos chocando-se preencher aquele
quarto de motel, no envolvendo, embalando, até que Dário não pudesse aguentar.

Senti o momento que ele gozou e aquele calor inconfundível me invadir pouco depois de eu
começar a sentar de uma forma frenética e selvagem, tendo acabado com ele em segundos.

Dário me segurou os seios, disse coisas que não se entendiam no meu ouvido e gozou
alguns jatos até finalmente se acalmar dentro de mim, sem me tirar dali até estar totalmente
satisfeito.

Depois disso sai de cima dele e retirei a camisinha, batendo outra para ele com sua própria
porra, só para vê-lo de novo como louco e gozando na minha mão.

Aproveitamos bem o motel até o resto da noite de sábado e trocamos telefones. Eu gostei
da transa, mas sinceramente não sabia se falaria com ele de novo. Das certezas que eu
tinha, entretanto, estabeleci uma nova: numa noite de tédio, às vezes, vale ir atrás de
diversão em lugares inesperados…

Conto erótico by Letícia Araújo (@Leteratura__)

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